Foto: Ilustração
A Polícia Federal prendeu, nesta segunda-feira (20), em Osório, no Litoral Norte do Estado, um homem apontado como um dos principais responsáveis pelo assalto ao avião-pagador ocorrido em junho de 2024 no Aeroporto de Caxias do Sul, na Serra. O crime é considerado um dos maiores roubos da história do Rio Grande do Sul, com prejuízo estimado em mais de R$ 14 milhões.
O suspeito foi identificado como Luiz Fernando Ciareli dos Santos, 37 anos. De acordo com a PF, ele é apontado como um dos líderes e articuladores do ataque e é considerado “um dos mais perigosos assaltantes de cargas e de bancos do Brasil”, conforme o delegado Marcio Teixeira, da Delegacia de Repressão aos Crimes contra o Patrimônio e Tráfico de Armas (Delepat).
Ciareli é investigado por envolvimento em diversos assaltos de grande porte nos últimos anos, em cidades como Cordeirópolis (SP), Camanducaia (MG), Araçatuba (SP) e Piracaia (SP). A prisão dele é resultado do avanço das investigações conduzidas pela PF sobre o ataque em Caxias do Sul, que já teve 39 pessoas indiciadas nas duas fases da operação.
O crime
O assalto aconteceu em 19 de junho de 2024, quando um grupo armado invadiu a área restrita do aeroporto e atacou uma aeronave que transportava valores vindos de Curitiba. Durante o confronto, o policial militar Fabiano Oliveira e um dos assaltantes morreram.
Segundo a PF, o grupo era formado por integrantes de duas organizações criminosas. Nove pessoas participaram diretamente da ação, usando viaturas falsas da Polícia Federal, uniformes idênticos aos das forças de segurança e veículos blindados com logotipos falsificados.
Os criminosos renderam funcionários na guarita do aeroporto e abriram fogo contra a aeronave para ter acesso aos malotes de dinheiro. Na fuga, usaram uma van disfarçada de transporte escolar, que resgatou os assaltantes armados no distrito de Galópolis, em Caxias do Sul.
Estrutura e planejamento
Ao todo, foram utilizados 13 veículos no ataque, e as investigações apontam o uso de cinco imóveis em diferentes etapas do crime, três sítios (em Igrejinha, Riozinho e Alto Feliz) e duas casas (em Alvorada e Farroupilha). A PF também apura a participação de um funcionário de empresa de transporte de valores, suspeito de repassar informações privilegiadas ao grupo.
Os envolvidos respondem por crimes como latrocínio, lavagem de dinheiro, organização criminosa armada, explosão, adulteração veicular, posse de arma de uso restrito e falsificação de identidade.
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